A decisão em afastar a "senhora fiscalidade" foi tomada "por unanimidade no conselho de ministros", anunciou a porta-voz do Governo, Olga Gerovassili.
"Nas atuais e difíceis circunstâncias, não é possível aceitar que os servidores do Estado atuem contra o interesse público e favoreçam certas empresas", disse.
Katerina Savvaidou é suspeita, antes de ser designada pelo anterior governo conservador de Antonis Samaras, aliado aos socialistas do Pasok, de ter beneficiado estações de televisão privadas, adiando o prazo para além do limite legal para o pagamento da taxa de 20% sobre receitas da publicidade.
A líder da máquina fiscal grega é ainda acusada de irregularidades na forma como lidou com a reavaliação de uma multa aplicada a uma empresa, no valor de 78 milhões de euros.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda Syriza e que dirige um executivo em coligação com o partido da direita soberanista Gregos Independentes (Anel), tinha exigido na semana passada a sua demissão, que foi recusada. Numa carta tornada pública, Katerina Savvaidou rejeitou como "infundadas" as acusações e acusou o Governo de não adotar os mesmos critérios face aos seus membros.
Responsável por garantir a cobrança de impostos num país onde a fraude e a evasão fiscal têm sido comuns, o cargo de secretário-geral para as receitas públicas foi criado em 2012 por imposição dos credores internacionais, com o objetivo de terminar com as ligações entre poder político e serviços fiscais.
Lusa/SOL