A verdade é que Lobo Antunes, um escritor pelo qual não me perco em demasia (passei a vida a ouvir dizer que o livro seguinte, o último a sair, é que era realmente bom, mas ele lá conseguiu um bom marketing sempre), e que se diz achar-se pessoalmente com direito ao Prémio Nobel da Literatura (a Academia Nobel ainda tem, pelos vistos, critérios mínimos, mesmo que não esteja sempre de acordo com ela; aliás, o estar em desacordo, até agora, nunca foi entender que um galardoado não é um grande escritor, mas apenas lamentar que outros não tenham sido galardoados), conseguiu já uma coisa notável: cada livro seu é um acontecimento neste nosso pequeno mundo português. É verdade que outros escritores, que ele e eu (muito mais do que a ele) certamente desprezamos e não lemos, também conseguiram o mesmo, e talvez até mais ainda.
Mas vamos aos factos: pare este livro parece ter valido a pena o seu casamento com uma Espírito Santo (a ex-ministra da Cultura Mª João Espírito Santo Bustorff daSilva). Ao menos conheceu de perto a família de uns banqueiros nacionais que, numa saga de 4 gerações, subiram aos píncaros da riqueza e do poder nacional, para caírem em alguma desgraça (pelo menos de poder).