O arquiteto principal do Templo Expiatório da Sagrada Família, um dos edifícios mais emblemáticos de Barcelona, considerado património mundial pela UNESCO, anunciou hoje que o monumento deverá estar finalmente concluído em 2026.
Segundo a agência de notícias espanhola (EFE), Jordí Faulí revelou, numa conferência de imprensa, que o próximo passo será a construção da parte superior das Torres Centrais a partir de 2016. Mas só a partir do ano seguinte é que elas começarão a estar visíveis do exterior, diz o arquiteto, que adiantou que a obra está agora orçada em 25 milhões de euros anuais.
As torres, de Jesus Cristo, de Maria e as quatro dos evangelistas, não terão tamanho igual. A maior, a de Cristo, deverá chegar a uma altura de 172,5 metros, algo que corresponde à ideia do arquiteto que concebeu e dedicou os últimos 40 anos de vida à obra, Antoni Gaudí (1852-1926), que não queria que a edificação ultrapassasse os 180 metros da montanha vizinha de Montjuïc.
Gaudí tinha 31 anos quando pegou nas rédeas do projeto, em 1882. A construção foi sendo suspensa ao longo dos anos e sofreu forte revés durante a Guerra Civil espanhola, quando a artilharia de Franco arrasou Barcelona, um dos últimos focos de resistência do governo republicano eleito, a que se seguiram quatro décadas de ditadura. A construção foi retomada lentamente e deverá, assim, estar concluída mais de 140 anos depois de se ter fixado a primeira pedra.