No sopé do Monte Picoto, nas instalações do antigo Clube de Caça de Braga, há centenas de seringas abandonadas, bem como sangue pelo chão, numa área onde se fazia atletismo e ciclismo, mas que começou a deixar de ser frequentada para desporto.
Depois da reportagem de há duas semanas, o SOL voltou ao Monte Picoto, onde encontrou várias brigadas da Câmara Municipal de Braga que limpavam preservativos usados no ponto alto do parque, de onde se veem todos os pontos da cidade dos arcebispos.
Ao SOL, o vice-presidente da Câmara de Braga, Firmino Marques, diz que a autarquia está a trabalhar “para melhorar dia a dia este espaço” e que “as pessoas podem vir ao Monte Picoto”. A Polícia Municipal de Braga passou a patrulhar mais a zona, mas segundo revelam alguns frequentadores diários, “a PSP raramente sobe ao monte”.
Nos acessos pelo Bairro do Monte Picoto, continua o tráfico de droga – não nos bairros, mas dentro do bosque, onde mais ninguém se atreve a entrar, mesmo durante o dia. Esta semana as “oitavas” (doses de heroína) estavam a ser traficadas no bosque a cinco euros e foram propostas várias vezes ao repórter do SOL. Mais acima, a prostituição masculina pratica-se não só entre as árvores, como até na zona mais nobre do Monte Picoto, que é o topo, onde bracarenses e turistas gostam de avistar calmamente toda a zona da cidade.