Aeroporto do Montijo ainda sem calendário, diz Ponce de Leão

O aeroporto do Montijo, que complementará a operação aérea da Portela, ainda não tem qualquer calendário definido, garantiu hoje o presidente da ANA, a gestora aeroportuária detida pelos franceses da Vinci, a quem competirá investir na infraestrutura que nascerá na base aérea nº 6.

“O Montijo deve estar concluído quando puder criar valor. Ainda temos alguma incógnitas importantes quanto ao desenvolvimento do tráfego aéreo em Lisboa para perceber exatamente desde a dimensão do terminal, ao tipo de terminal que vamos construir e a sua expansão progressiva”, respondeu Ponce de Leão aos jornalistas, durante o congresso da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), que decorre até amanhã em Évora.

“Não precisamos de fazer o investimento todo de uma vez. Podemos ir ajustando a dimensão do terminal ao crescimento. E isso vai depender das negociações com as companhias aéreas, de quais pretendem mudar de imediato da Portela para o Montijo e quais vão preferir ficar na Portela. Há tanto trabalho a fazer que ninguém pense que há respostas definitivas nesta matéria. O que precisamos de fazer é trabalhar”, advertiu. 

Daí que, seja “prematuro” falar de calendário, referiu Ponce de Leão, assumindo que tudo dependerá de “opções ainda não tomadas” como a localização do terminal na base aérea, cuja construção poderá demorar mais ou menos tempo e que carece de acordo com a força aérea; ou o regime de cobrança de taxas aeroportuárias a praticar, por exemplo.

Assegurou contudo que a escolha do Montijo “é consensual” e que o memorando com as entidades envolvidas “está feito”.​

 ”Não estamos fora do prazo. Estamos com tempo e podemos fazer tudo bem feito e planeado”, realçou. “Será tão depressa quanto possível. A Portela tem capacidade. Não é a capacidade que gostaríamos de ter, mas responde às necessidades imediatas”, frisou.

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