Os astrónomos da Agência Espacial Europeia (ESA) detetaram um conjunto de destroços não identificados que se dirigem para a Terra. Trata-se do que se designa por lixo espacial, um fenómeno frequente e que tem preocupado cada vez mais a comunidade científica especializada. São restos de missões espaciais, antigas ou recentes, fragmentos de sondas ou de satélites em fim de vida, peças, etc., que formam uma espécie de cintura no espaço próxima da Terra.
Este objeto, que os cientistas designam como WT1190F, terá resultado de uma missão à lua, mas ainda indeterminada, e vai cair no Oceano Índico no próximo dia 14 de novembro, estimam os cientistas. A equipa da ESA em Noordwijk, na Holanda, crê até que poderão ser os ‘restos’ de uma missão Apollo, da NASA, parte do programa que entre os anos 60 e 70 fez chegar os primeiros seres humanos ao nosso satélite.
A queda de restos espaciais não é propriamente uma novidade. O que distingue o WT1190F é o facto de não ter sido detetado antes. Por isso, os astrónomos da ESA desconfiam que haverá mais fragmentos deste género no sistema Terra-Lua. Uma das preocupações maiores de todas as agências espaciais é que alguns destes objetos perdidos no espaço atinjam a Estação Espacial Internacional, provocando danos profundos na sua estrutura.