Segundo a Bloomberg, a Volkswagen já recolheu airbags de modelos dessa marca e da Audi, para testar defeitos. Isto no seguimento de um pedido de informações da americana NHTSA (Administração Nacional de Segurança Rodoviária) ao grupo Volkswagen e a seis outros construtores, sobre o uso de airbags Takata com acelerante à base de nitrato de amónio.
Estes airbags da fabricante japonesa originaram um dos maiores recalls de sempre, de dezenas de milhões de carros a nível mundial, 19 milhões só nos Estados Unidos, devido a um risco de explosão ou de abertura defeituosa. Esse problema causou nos últimos dois anos mais de uma centena de acidentes e pelo menos oito mortos.
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Em resposta à NHTSA, a Volkswagen afirmou numa carta de 15 de Outubro, de acordo com a Bloomberg, que o desenvolvimento e fabrico de novos airbags pode originar um atraso superior a um ano caso seja necessário às suas marcas substituir o equipamento.
Com 2,4 milhões de carros do grupo germânico equipados com airbags Takata só nos Estados Unidos – das marcas Vokswagen, Bentley, Porsche, Audi e Lamborghini –, este pode ser mais um duro golpe, numa altura em que a construtora está a lidar com o enorme escândalo das emissões e tendo visto já as suas vendas cair até setembro. A Volkswagen pediu à NHTSA uma reunião no início de Novembro para “discutir o problema Takata e os inquéritos e pedidos que com ele estão relacionados”, cita ainda a Bloomberg.
Quanto às outras marcas contactadas pela autoridade que gere o setor rodoviário nos Estados Unidos, a Daimler (Mercedes e Smart) e a Jaguar Land Rover indicaram que não estão a testar airbags ou a planear recolhas de carros nesse sentido.