A caixa negra será analisada por especialistas, indicaram os serviços do primeiro-ministro, precisando que o exército está a ajudar na "transferência de 129 corpos" para a morgue do Cairo e diversos hospitais.
O avião, que tinha como destino São Petersburgo, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.
O aparelho pertence à companhia russa MetroJet (Kogalimavia), fundada em 1993 e com base no aeroporto moscovita de Domodedovo, que realiza habitualmente voos fretados.
O contacto com a aeronave perdeu-se 23 minutos depois da descolagem do aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho.
O avião estava a uma altitude de mais de 30.000 pés (9.144 metros) quando o comandante do avião se queixou de uma falha técnica do equipamento de comunicação a um funcionário da autoridade de controlo do espaço aéreo egípcio.
A embaixada da Rússia no Cairo informou que todas as 224 pessoas, na maioria russos e alguns ucranianos, que estavam a bordo do avião russo que caiu hoje na península do Sinai, no Egito, morreram nessa tragédia.
Uma ala que diz estar ligada ao Estado Islâmico no Egito reivindicou hoje no 'Twitter' ter abatido o avião russo.
Vários especialistas militares questionados pela agência de notícias AFP disseram que os insurgentes do Estado Islâmico, que têm seu bastião no norte da península do Sinai, não dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo do avião, ou que foi atingido por um foguete ou míssil quando descia na sequência de falhas técnicas na aeronave.
Entretanto, o ministro dos Transportes russo disse serem falsas as informações de que o avião russo tenha sido alvo de atentado terrorista.
"Em alguns meios de comunicação surgiram informações sobre o avião de passageiros russo, que voava de Sharm el-Sheik para São Petersburgo, foi atingido por um míssil lançado por terroristas. Esta informação não pode ser considerada verdadeira", assinalou o ministro dos Transpostes, Maxim Sokolov.
Maxim Sokolov acrescentou que as autoridades russas estão em estreito contacto com os seus homólogos egípcios e que "neste momento não há informações que confirmem essas fantasias".
Sokolov assinalou que no local do desastre estão a trabalhar especialistas e que "dentro de muito pouco tempo uma comissão internacional começará a trabalhar na área da queda. Com os materiais recolhidos e as análises escrupulosas de todas as informações serão retiradas as conclusões sobre as causas da tragédia".
Lusa/SOL