O ministro russo Vladimir Puchkov, que se encontra no Egito a coordenar os trabalhos de resgate na zona da península do Sinai, onde caiu o avião, disse que a operação vai terminar antes das 22:00 locais (20:00 em Lisboa).
Um segundo avião com os restos mortais das vítimas "vai partir do Cairo pelas 21:00, hora de Moscovo [18:00 em Lisboa], informou outro responsável do mesmo Ministério da Emergência, Vladimir Svetelski, segundo a imprensa russa citada pela agência Efe.
Segundo um porta-voz deste Ministério, as equipas de resgate encontraram 12 fragmentos grandes da fuselagem do Airbus A321 da empresa Metrojet (Kogalymavia).
"Até ao momento foram detetados 12 fragmentos da fuselagem e alguns pertences dos passageiros", disse o porta-voz, Alexander Agafonov.
Na madrugada de hoje, um avião do Ministério da Emergência russo com 144 cadáveres das 224 vítimas chegou ao aeroporto Pulkovo,que serve a segunda cidade russa, São Petersburgo.
Os cadáveres começaram a ser transladados para um crematório da cidade em camiões especiais com escolta policial.
No crematório aguardam peritos forenses e representantes dos organismos que se encarregam da investigação da catástrofe, ocorrida meia hora depois de o avião com turistas russos ter saído de Sharm el Sheij com destino a São Petersburgo.
Os familiares das vítimas, que desde o fim de semana foram alojados num hotel perto do aeroporto e assistidos por psicológicos, começaram a ser levados para o crematório para levar a cabo os procedimentos de reconhecimento dos cadáveres.
O vice-ministro da Saúde, Igor Kagramián, informou hoje de que nos trabalhos de reconhecimento estavam a trabalhar 40 peritos forenses.
O Airbus A321 de MetroJet (Kogalymavia) partiu-se em pleno voo cerca de 30 minutos depois de ter descolado de Sharm el Sheij, a 31 de outubro, segundo as primeiras conclusões das autoridades russas.
O avião transportava 217 passageiros e sete tripulantes. Quatro dos turistas eram ucranianos e um bielorrusso, sendo os restantes russoa. Entre eles, havia 25 crianças.
Lusa/SOL