Segundo noticia hoje o diário, em causa estava uma notícia de 4 de janeiro daquele ano em que se revelava que a mãe do ex-primeiro-ministro, Maria Adelaide Monteiro, vendera três imóveis – um dos quais o andar no edifício Heron Castilho, onde morava o filho – ao empresário Carlos Santos Silva, por 775 mil euros.
Sócrates afirmava-se difamado pela notícia (que se baseava nas escrituras públicas dos imóveis), mas o MP na Comarca de Lisboa Oeste (que abrange o concelho de Sintra, onde se situam dois dos imóveis em causa) entendeu que não há fundamento para o processo.
Recorde-se que, segundo a imputação que é feita a Sócrates e Santos Silva no inquérito da Operação Marquês, essas três transacções foram um dos meios utilizados para fazer chegar ao ex-primeiro-ministro uma parte da fortuna que acumulou durante anos na Suíça, em nome do empresário amigo.
Conforme o SOL já noticiou, na altura essa notícia fez Sócrates e Santos Silva – que já estavam sob investigação na Operação Marquês – redobrar cuidados nas conversas que tinham ao telefone e na forma como eram feitas as transferências e entregas de dinheiro em numerário suportar os encargos mensais de milhares de euros do ex-primeiro-ministro e seus familiares e amigos.