Pessoalmente, gosto de ver o PS e o PSD fazerem parte do chamado Arco de Governação, mas em separado. Prefiro que se unam com os pequeninos, como o CDS de Portas (que já foi tão antieuropeu e teve de mudar, para se aliar ao PSD), o PCP ou o Bloco de Esquerda (estes também prontos a minorarem o antieuropeísmo para se unirem ao PS), cada qual para seu lado.
Até estou convencido de que não seria difícil fazer o Bloco Central, removendo só os atuais líderes do PSD (Passos Coelho) e do PS (António Costa). Para meu gosto, os sucessores não deveriam ter nada a ver com as eras de Passos no PSD, e de Sócrates no PS. Mas parece que estou muito isolado neste gosto.
Na verdade, sou contra partidos únicos, e prefiro que PSD e PS se mostrem disponíveis para a alternância entre o poder e a oposição, cada um do seu lado. Com o fanatismo instalado, imagino que pouca gente percebe ser necessário haver alternância no poder, e passar pela oposição – para bem dos próprios partidos que defendem. O poder corrompe muito, e a oposição é uma boa época para limpezas partidárias.