"O que está fechado com a Câmara de Lisboa é que [a Feira Popular] ficaria na freguesia de Carnide", disse Fábio Sousa.
Contudo, o autarca disse que ainda não está definido onde é que a feira irá funcionar, uma vez que há vários terrenos na freguesia à espera de requalificação.
"Ainda não está fechada [a localização]. Temos apenas a confirmação que vai mesmo para Carnide", afirmou.
O autarca disse desconhecer, também, datas para o início das obras de instalação da feira.
Fábio Sousa adiantou que a Junta de Freguesia foi "envolvida e ouvida" no processo de escolha da localização da nova Feira Popular e que impôs algumas condições.
"Temos condições e queremos receber a Feira Popular, mas também queremos ver salvaguardados alguns constrangimentos aos moradores, como o ruído, mobilidade, transportes e trânsito", frisou.
O autarca assegurou que vai ser "muito exigente", porque quer "continuar a dar condições a quem reside e trabalha em Carnide".
A Feira Popular foi criada inicialmente para financiar férias de crianças carenciadas e, mais tarde, passou a financiar toda a ação social da Fundação O Século. Encerrou em 2003 e nunca mais Lisboa voltou a ter um parque de diversões.
Os terrenos da antiga Feira Popular, localizados em Entrecampos, estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques, que se arrastou por vários anos.
Quando a Feira Popular abriu para a última temporada, a Câmara de Lisboa, então presidida por Pedro Santana Lopes, tencionava criar um novo parque de diversões, mas a ideia nunca avançou.
Estes terrenos foram, entretanto, colocados em hasta pública por um valor base de 135,7 milhões de euros.
Como não apareceu nenhum interessado para o ato público do passado dia 20 de outubro, a Câmara avançou com uma "segunda fase" do processo de alienação, prevendo vender estes terrenos numa nova hasta pública a realizar no dia 03 de dezembro.
Lusa/SOL