Segundo a organização, este protesto – que se inicia pelas 11:30 na Avenida da Liberdade, uma das principais ruas de Lisboa – marca o início de “uma segunda ronda de protestos (…) contra o comportamento lastimável que o Novo Banco tem tido para com os seus clientes relativamente ao ressarcimento das suas poupanças investidas em papel comercial”.
Os lesados dizem que a intenção de cumprir com o pagamento foi assumido em documentos oficiais quando, a propósito da criação do Novo Banco, foi dito que “o papel comercial emitido pela ESI [Espírito Santo International] e Rio Forte transitam para o Novo Banco, e este mantém a intenção de assegurar o reembolso, na maturidade, do capital investido pelos seus clientes não institucionais junto das redes comerciais do Grupo BES de então” e consideram “inaceitável” a forma como o Novo Banco tem lidado com o caso.
Criticam ainda que o Novo Banco tenha movido processos contra clientes lesados, considerando que esse ato tem “intenções meramente intimidatórias”.
O advogado que representa a AIEPC interpôs no verão uma providência cautelar contra o Banco de Portugal e o Fundo de Resolução, na qual os clientes exigem que o banco central informe um eventual comprador do Novo Banco do montante de papel comercial devido aos cerca de 2.500 subscritores, que ronda os 530 milhões de euros, ou seja, que inclua esse montante como uma imparidade nas contas da instituição financeira.
Em setembro, terminou sem acordo o período de negociação com o potencial comprador do Novo Banco, esperando-se agora a abertura de um novo processo de venda nos próximos meses.
Lusa/SOL