A polémica surgiu ontem depois da publicação de uma informação no jornal holandês NRC em que apontava o ING como autor de partes de uma lei sobre deduções concedidas a entidades financeiras, em obrigações conhecidas como cocos, segundo o diário em linha Dutchnews.
A questão levou vários dirigentes políticos, tanto da oposição como da maioria, a pedir a comparência de Dijsselbloem para explicar o que aconteceu, entre os quais o deputado Henk Nijboer, também trabalhista.
"Os políticos devem escrever as leis, não os bancos", afirmou Nijboer à cadeia holandesa NOS.
Por seu turno, Dijsselbloem admitiu que vários dirigentes do ING tinham sido consultados durante o processo legislativo, à semelhança do feito com outros bancos, ainda segundo o mesmo meio.
A dedução, que está em vigor desde 2014, permite aos bancos poupar 350 milhões por ano e o porta-voz do Ministério das Finanças disse à NOS que "não pode ser considerada uma ajuda de Estado ilegal".
Lusa/SOL