"É muito provável que me encontre com o Presidente amanhã (hoje, sexta-feira)", declarou o chefe do executivo de Helsínquia numa conferência de imprensa.
A ameaça do primeiro-ministro finlandês, de 54 anos, que assumiu o cargo em maio passado, surge após a incapacidade de fazer aceitar a reforma do sistema de saúde aos seus parceiros de coligação.
Depois de ter vencido as legislativas com a promessa de recuperar a economia através de reformas drásticas, Sipilä enfrenta sérias dificuldades para impor os seus pontos de vista.
O seu projeto de um novo "pacto social" para baixar os custos de trabalho fracassou no verão passado, no decorrer de negociações com os parceiros sociais.
Sipilä apresentou medidas de rigor financeiro que provocaram uma jornada de protesto dos movimentos sociais no passado dia 18 de setembro.
Entre as medidas figura a redução dos dias de férias dos trabalhadores dos atuais 38 para 30, com a qual o Governo prevê poupar 640 milhões de euros, reduzir o pagamento de horas extraordinárias e baixar o pagamento do primeiro dia de baixa por doença de 100% para 75%.
Outra medida é a redução de 1,72% da prestação paga pelas empresas à segurança social por cada trabalhador e transformar dois feriados em dias livres não-remunerados.
A Finlândia é dos 28 membros da União Europeia e dos 19 que integram a zona euro.
Lusa/SOL