Pois desta vez Craig deixa a cervejola e regressa ao «martini shaken, not stirred», bebe champagne sem saber a marca, consegue até levar-se menos a sério e brincar connosco no seu papel. E despede-se do cargo (função), o que só lhe agradecemos a ele pessoalmente, não ao personagem.
De resto, há aqui uma «moralejazita» (desculpem-me a espanholização, mas nem acho que mereça a seriedade da palavra ‘moralidade’), a querer identificar os serviços secretos com a democracia que luta contra o poder da informação em más mãos. Estou de acordo com a ideia do poder da informação no mundo atual, e no perigo de ser explorada por más mãos (como parece estar a ser pelos radicais islâmicos). Mas essa de serem os serviços secretos a garantirem a democracia, faz-nos ver que o guionista não tem ideia do que se passa em Portugal – e do perigo de tais serviços servirem algum empresário sem escrúpulos contra a concorrência… Para já não falar de espionagens internacionais detetadas emais delicadas, como a dos EUA a Berlim (e está para se saber a quem mais), ou as da Alemanha a Lisboa, Atenas, Madrid ou Paris. E repare-se que isto é sóentre aliados…