Aventais e togas

Com todos os maçons dentro do templo, de pé e em frente ao respetivo lugar, entra por último o venerável. Ouve-se uma música exaltante, com instrumentos de sopro. Um dos maçons segura na mão esquerda do líder e leva-o até ao altar. Aqui, o chefe da loja agarra numa das pontas da bandeira portuguesa, que…

Diferenciam-se uns dos outros pelo lugar que ocupam na sala e pelo avental que vestem. Os aprendizes usam um todo branco com a aba levantada e sentam-se nas filas de trás durante as reuniões. Já os companheiros têm aventais igualmente de pele branca, mas com a aba deitada. Além disso, têm um pequeno debruado de 1,5 centímetros com uma fita de cor azul, encarnada ou outra, consoante o rito que seguem. Quanto atingem o grau de mestre passam a colocar um avental com três rosetas, tendo igualmente um contorno colorido com 2,8 centímetros de largura. O verso deve ser forrado a negro e com uma caveira estampada a branco. Quando ocupam o cargo de venerável recebem um avental mais elaborado em pele sintética e com três “T” invertidos, em metal, chamados de taus.

O uso do avental é obrigatório, sendo a marca distintiva de um maçon. A maioria coloca-o por cima do fato escuro. Mas há lojas que optam por usar antes uma capa preta comprida, tipo toga. (…). Mas há mais maçons que o gostam de vestir, nomeadamente das lojas com rituais mais religiosos. Nestas, quando as reuniões são só para os elementos mais importantes, todos se cobrem com capas pretas e usam chapéus da mesma cor. (…)

* Excerto do livro O Fim dos Segredos, da jornalista do SOL Catarina Guerreiro