O glaciar está a despejar "grandes icebergues no oceano, no que resultará na subida do nível do mar nas próximas décadas", referiu o investigador.
As descobertas baseiam-se em imagens de satélite recolhidas ao longo dos anos pelas agências espaciais e pela monitorização da forma, tamanho e posição do glaciar durante um largo período de tempo.
O aquecimento das águas dos oceanos estão a corroer os glaciares por baixo e o aumento das temperaturas do ar a derretê-los à superfície.
"Zachariae Isstrom está a ser comido por cima e por baixo", declarou, por seu turno, Eric Rignot, professor de ciências do sistema terrestre da UCI.
O topo do glaciar está a derreter em resultado de décadas em que se registou um aumento das temperaturas do ar, enquanto a parte submersa está comprometida pelas correntes de água quentes. Isto provoca a quebra do glaciar em pedaços, fazendo-o recuar", relatou o especialista.
Outro grande glaciar junto do Zachariae Isstrom – conhecido por Nioghalvfjerdsfjorden – também está a derreter, mas não de forma tão rápida porque está protegido pelo relevo.
Estudos indicam que estes dois glaciares possuem cerca de 12 por cento do gelo da Gronelândia e que o seu colapso total causaria uma subida global dos oceanos em 99,06 centímetros.
O glaciar Zachariae Isstrom estende-se por uma área de 91,780 km2.
Lusa/SOL