Plataforma europeia de luta contra o cancro do pâncreas apresentada no Porto

O Dia Mundial do Cancro do Pâncreas assinala-se hoje, no Porto, com a apresentação de uma Plataforma Multissectorial Europeia para o estudo e o combate desta forma de cancro, uma das mais mortais.

Para assinalar o dia, a Europacolon (instituição de solidariedade particular integrada numa rede europeia de apoio aos doentes com cancros digestivos) e o IPATIMUP (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto) promovem a conferência Perspetivas Futuras, a atualidade e áreas de incerteza no cancro do pâncreas, lançando a plataforma e promovendo um encontro de especialistas para chamar a atenção e juntar estratégias de combate contra a doença.

No painel da conferência, que tem início às 10h30 no Auditório do IPATIMUP, estão Raquel Seruca, da direção daquele instituto, Vítor Neves, da Europacolon Portugal, além de Sónia Melo, investigadora do IPATIMUP que este ano foi notícia por coordenar um grupo que concebeu um método não invasivo de deteção precoce desta forma de cancro.

Os especialistas alertam para determinados sinais a ter em conta, e que devem ser transmitidos sem demora a um médico: os mais frequentes são a dor – mais frequentemente na parte superior do abdómen, mas também na região dorso-lombar –, o emagrecimento e a coloração amarela da pele (icterícia). A comunidade médica adverte ainda para a subida do número de casos, que em breve podem tornar o cancro do pâncreas um dos mais frequentes. E deixa, com frequência, alguns conselhos de prevenção: ter uma alimentação rica e variada, da qual se devem banir fast-food, fritos e outros alimentos altamente energéticos, de maneira a controlar o peso. E, é claro, não beber em excesso e não fumar.   

ricardo.nabais@sol.pt