“Não queremos que seja um casino só com apostas muito altas. Queremos contribuir para o lazer”, justificou hoje o presidente da Amorim Turismo, Jorge Armindo, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
A intenção é também atrair um público mais novo já que “hoje, os mais jovens gostam muito de se debater com máquinas”. E ainda “por a Figueira no mapa” porque ”sendo uma zona turística, não tem tido a promoção turística que deveria ter”.
Detido através da sociedade Figueira Praia, o casino da Figueira da Foz é o mais antigo em funcionamento contínuo na Península Ibérica. Com 132 anos, representa uma quota de mercado de 6% em Portugal.
Com esta aposta, a Amorim Turismo – que quando terminar esta concessão do Casino Figueira, em 2020, quer renová-la – espera alcançar receitas de 14 milhões de euros este ano neste casino, mais 1,5% do que em 2014. Já para 2016, a expectativa é crescer 7%.
Segundo Jorge Armindo, em Portugal, os casinos estão a registar este ano “uma ligeira retoma das receitas”, que estavam em queda desde 2008, o que poderá explicar-se por “um maior rendimento disponível dos portugueses”, realça.
Nos últimos anos, evidencia o empresário, “os casinos em geral tiveram uma queda considerável, superior a 30%, e a sociedade Figueira Praia também. Devemos ter caído perto de 40% nas receitas. Também caímos nos resultados, mas não tanto. Este ano, vamos ter resultados positivos”, assegura, sem quantificar.
“De facto, nestes anos, mesmo com a queda de receitas, a sociedade Figueira Praia nunca teve prejuízos. Temos um resultado que podia ser maior, mas é razoável”, assegurou, recusando, por sua vez, falar do desempenho do Casino de Tróia por ter sido um activo do grupo que passou a ser controlado pela Oxy Capital.