Amorim Turismo prepara entrada no jogo online

A Amorim Turismo quer entrar no negócio do jogo online.

Através da sua participada Figueira Praia, responsável pelo casino da Figueira da Foz, a empresa portuguesa que também gere o casino de Tróia, apresentou a sua candidatura em setembro e espera que "logo no início do ano" possa estar a explorar jogos de fortuna e azar na internet, avançou o presidente da Amorim Turismo num encontro com jornalistas, hoje, em Lisboa.

Segundo Jorge Armindo, a empresa aguarda a conclusão de formalidades junto do Turismo de Portugal, como a certificação das plataformas informáticas – desenvolvida com uma equipa portuguesa -, para avançar, num investimento "ligeiramente inferior" a dois milhões de euros.

Depois, há planos para levar o jogo online para outros países de língua portuguesa.

“Quanto mais cedo o jogo online legalizado estiver activo em Portugal – porque ilegalmente também esteve activo – melhor, para podermos alargar o nosso horizonte", realça Jorge Armindo.

“Ainda há uma oportunidade para os casinos portugueses estarem no jogo online”, sublinha o responsável, indicando que, depois de quebras desde 2008, em 2015, as receitas dos casinos têm tido uma "ligeira retoma", sobretudo devido à melhoria do rendimento disponível, explica.

“O jogo em Portugal tem crescido muito, mas através da Santa Casa. Se somarmos os casinos e a Santa Casa há sete anos e virmos o que são hoje, cresceu muito. Mas os casinos caíram. Há jogos que a Santa Casa está a promover que não é pacífico que não sejam jogos de casino, como a Raspadinha e o novo jogo Placard”, advertiu Jorge Armindo, que é também presidente da Associação Portuguesa de Casinos.

Enquanto presidente da Amorim Turismo, Jorge Armindo considera que “os casinos têm de ter uma postura mais proativa no sentido de defender o que são os jogos de casino”. 

ana.serafim@sol.pt