O campeão da Taça FPG/BPI totalizou 220 pancadas, 7 acima do Par, com voltas de 74, 71 e 75, tendo chegado a andar no top-10 aos 36 buracos. O torneio foi reduzido de 72 para 54 buracos devido ao mau tempo do primeiro dia.
O aspecto mais positivo da participação do jogador do Oporto Golf Club prendeu-se com a sua capacidade de fazer birdies: 3 na primeira volta, 3 na segunda e 4 na terceira. O facto de ter feito mais birdies no dia em que partiu no top-10 mostra que não jogou à defesa, mas acabou por ser traído com 5 bogeys e 1 triplo-bogey no buraco 17.
Em contrapartida, Afonso Girão falhou o cut aos 36 buracos. Na classificação individual definitiva, surge com 156 pancadas, 14 acima do Par, com voltas de 76 e 80, mas no leaderboard por equipas aparece uma terceira volta de 77. Ou seja, o campeão nacional de sub-18 jogou no último dia mas o seu resultado só contou para o torneio entre países.
Num total de 16 nações, Portugal fechou a competição no 13º posto, com 453 pancadas, 27 acima do Par, somando jornadas de 150, 151 e 152.
Embora a Copa Juan Carlos Tailhade tenha celebrado a sua 44ª edição, só existe um torneio por equipas há 20 anos mas rapidamente tornou-se no mais importante do certame, no mais mediático.
Por isso, foi dada mais relevância ao triunfo do Canadá do que ao sucesso do argentino Matias Simaski.
O Canadá jogou com Eric Banks (271º do ranking mundial amador) e Tony Gil (745º) e venceu com 433 (149+139+145), +7, batendo por 1 única pancada a Austrália e o Brasil.
Quanto a Matias Simaski, o 208º no ranking mundial amador, agregou 212 pancadas, 1 abaixo do Par, com voltas de 69, 68 e 75, batendo por 2 Eric Banks do Canadá e Khaled Attieh da Arábia Saudita.
Repare-se que o campeão terminou com o mesmo resultado de 75 de João Girão, o que mostra bem como o último dia foi mais difícil. Aliás, só 4 jogadores em 68 bateram o Par de Los Lagartos na terceira volta.
E o jogador que terminou o torneio empatado com João Girão no 17º lugar, Juan Alvarez, tinha-se cotado, uma semana antes, como a grande surpresa do 110 VISA Open de Argentina presentado por OSDE, um torneio de profissionais do circuito PGA Tour Latinoamérica, de 163 mil euros em prémios monetários.
Basta dizer que o uruguaio ficou à frente (por 3 pancadas) de Angel Cabrera (ex-campeão do Masters e do US Open), para se ter uma ideia do feito de Alvarez e também para se perceber como João Girão acabou por fazer uma boa prova.
Os dois portugueses do Oporto Golf Club decidiram viajar para a Argentina para competir neste torneio que ao longo dos anos atraiu jogadores da craveira de Adam Scott, Aaron Baddeley, Brett Rumford, Edoardo Molinari, Gonzalo Fernández Castaño, Álvaro Quirós, Chris Wood e Trevor Immelman.
A partir de amanhã, os irmãos gémeos de 18 anos voltam a competir nos arredores de Buenos Aires, no 120º Campeonato Argentino de Aficionados, no Tortugas Country Club.
Artigo escrito por Hugo Ribeiro ao abrigo da parceria entre a Federação Portuguesa de Golfe com o Jornal SOL.