De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgada pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), a 30 de setembro de 2015, o emprego na administração pública correspondia a 649.294 postos de trabalho, um total que era de 654.681 em junho deste ano e de 647.139 em setembro do ano passado.
O terceiro trimestre deste ano prossegue a redução de postos de trabalho iniciada no segundo trimestre, mas ainda assim com mais 2.155 trabalhadores do que no trimestre homólogo.
Os dados da DGAEP revelam, no entanto, uma quebra de 10,7% face a 31 de dezembro de 2011, o que corresponde a menos 78.000 postos de trabalho.
Em termos acumulados, saíram do Estado 26.883 funcionários entre o início janeiro e o fim de setembro deste ano.
Segundo a SIEP, a redução do emprego nas administrações públicas resulta sobretudo da quebra do número de trabalhadores da administração central, que a 30 de setembro era de 692.154, menos 4.983 do que no trimestre anterior, o que corresponde a menos 1,0%.
O maior contributo para este decréscimo foi dado pelo Ministério da Educação, com menos 4.746 postos de trabalho.
O peso do emprego por subsetores manteve a mesma estrutura do trimestre anterior, representando a administração central 75,8% do emprego nas administrações públicas.
Com um peso na população total de 6,3%, o emprego no setor das administrações públicas representava a 30 de setembro de 2015 cerca de 12,5% da população ativa e de 14,2% da população empregada.
A 30 de setembro, em cada dez trabalhadores das administrações públicas, seis eram mulheres, mantendo a taxa de feminização no setor acima do mesmo indicador para a população ativa.
Na mesma data, as mulheres trabalhadoras nas administrações públicas representavam 15,1% e 17,2% da população ativa e da população empregada do mesmo sexo, destaca o documento.
Em julho deste ano, o valor médio mensal das remunerações dos trabalhadores a tempo completo da administração pública situava-se nos 1.404,2 euros, correspondendo a uma variação global média negativa de 0,1% em relação a abril.
Lusa/SOL