O italiano Bruno Giovanni Lonati, o ex-resistente que reclamou ter executado o ditador Benito Mussolini em 1945, morreu no domingo, tendo o funeral decorrido hoje, anunciaram hoje as autoridades de Brescia, no norte de Itália.
Lonati, ex-resistente, cujo nome de guerra era "comandante Giacomo", morreu no domingo, aos 94 anos, na casa onde residia depois de se ter reformado, referem os jornais locais.
Lonati publicou em 1994 um livro que contradizia a versão oficial da execução de Mussolini, e que mantinha que o ditador foi fuzilado no dia 28 de abril de 1945 por um pelotão da resistência italiana, depois de ter sido capturado no momento em que tentava refugiar-se na Suíça na companhia da amante, Clara Petacci.
No livro "28 de abril. Mussolini e Claretta: a Verdade", Lonati reconstrói o dia da execução de Mussolini e afirma que foi ele quem disparou o gatilho sob as ordens dos serviços secretos britânicos.
As declarações do "comandante Giacomo" levaram à realização, em 2004, do documentário "Mussolini: a última verdade", que revisita os pontos obscuros que ainda prevalecem sobre a morte do ditador fascista, referindo que terá sido assassinado por ordens do antigo primeiro-ministro britânico, Winston Churchill.
Na altura, o documentário deu crédito à tese de Lonati, que "revelou" que enquanto matou Mussolini, um tal "capitão John", oficial dos serviços secretos britânicos de origem siciliana, cujo nome real era Roberto Macarrone, executava Clara Petacci.
O objetivo da operação era, segundo o antigo membro da resistência, recuperar a correspondência que o ditador manteve com Churchill e que Londres queria "a todo o custo".
Lusa/SOL