A presença policial britânica fortemente armada faz parte do reforço das medidas de segurança com vista à realização do jogo, que deverá contar com a presença do príncipe William, filho do herdeiro do trono do Reino Unido, na sequência dos atentados terroristas de sexta-feira, em Paris.
Os agentes policiais ingleses, ao contrário de forças similares noutros países da Europa, não usam armas no seu equipamento diário e é raro estarem armados como hoje, nomeadamente com pistolas-metralhadoras, coletes antibala e outras armas, como hoje foram vistos nas cercanias do estádio londrino, nas bancadas, na zona de acesso aos balneários e junto ao relvado.
Ao início da tarde, o comando metropolitano da polícia de Londres confirmou, pela voz do comissário Peter Terry, que os responsáveis pela segurança iriam estar armados, em volta de Wembley: “Queremos que toda a gente que vá ao jogo saiba que haverá polícia em número suficiente para garantir a sua segurança.”
“Os nossos planos são puramente preventivos e não em resultado de qualquer informação específica”, acrescentou, excluindo a ideia de que poderiam ser expetáveis quaisquer ataques terroristas.
Segundo a Associação da Imprensa Britânica, fonte real afirmou que William pretende ir ao jogo de forma a “mostrar a sua solidariedade para com o povo francês”, tal como já antes o afirmara, também hoje, o presidente do município da capital inglesa, Boris Johnson.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.
De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, das 415 pessoas que foram atendidas nos hospitais após os ataques, pelos menos 42 feridos continuavam no domingo à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Lusa/SOL