Contudo, para mim, o grave não foi o fim do apoio a um organismo académico, por ter desobedecido ao Executivo que o financiava (e previsivelmente o ia castigar por isso). O grave foi saber-se agora que esse Executivo dera ordens para os dados da emigração de 2014, sendo desagradavelmente iguais aos de 2013, não serem divulgados antes das eleições de 4 de Outubro passado. O ‘mensageiro’ apanha por todos os lados: com o fim do financiamento, e com ordens imorais. A ‘mensagem’, por outro lado, raramente era séria. E para o ser, tornava-se arriscada e desobediente.
Será que vai ser diferente com o novo Governo? Esperemos que sim.
Tanto mais que imigração e refugiados, depois dos atentados de Paris, passam a ter um relevo diferente de uma simples questiúncula eleitoral.