O anúncio sobre o Xindi – cujo nome foi inspirado em personagens 'maléficas' da série de TV Star Trek – foi feito esta quarta-feira pela empresa de segurança informática Pixalate. Um responsável da empresa, especializada no universo da publicidade, informou que o vírus apareceu há cerca de um ano, mas começou a expandir-se desde Agosto.
Já terá chegado a 10% das empresas da lista Fortune 500, as maiores do mundo, bem como 1.500 universidades e mais de 200 instituições públicas. O vírus, que está activo principalmente nos Estados Unidos, vale-se precisamente da credibilidade e dimensão desses alvos.
General Motors, Citigroup, Wells Fargo, Marriott ou a Universidade de Columbia são algumas das grandes empresas e instituições já atingidas.
O Xindi é um botnet, um vírus do tipo Trojan, totalmente autónomo, que assume parcialmente o controlo dos computadores que infeta sem ser detetado. Centra-se na publicidade online, cujas transacções são na maioria das vezes automáticas, para gerar rendimentos para os criminosos.
Na prática, o Xindi vende espaço para anúncios publicitários digitais em sites falsos, que para o comprador parecem verdadeiros, credíveis e com grande tráfego de utilizadores. Os anúncios são de facto reais, mas não estão a chegar aos consumidores esperados. Depois o pagamento pelas visualizações segue os parâmetros normais, nunca chegando o anunciante a saber que não atingiu o público-alvo.
Pelo facto de abranger empresas e instituições credíveis e cujos sites são muito frequentados, esses anúncios chegam a ser pagos a 200 dólares (188 euros) por cada mil visualizações.
A Pixalate indicou ter detetado já pelo menos 78 mil milhões de ‘impressões’ falsas de anúncios digitais e estima que o Xindi esteja já a custar aos anunciantes 231 milhões de dólares por mês.