Nós já temos uma bela experiência de avançar nas idades políticas e institucionais. Bem sei que era em tempos de maiores maturidades temporãs. De facto, hoje só se pode ser Presidente da República com mais de 35 anos, o que pareceu cordato aos constitucionalistas nacionais (como aos de outros países com igual preceito), mas certamente deixará tristes os tais parlamentares europeus que aprovaram a norma inicialmente referida.
Ora cá em Portugal, noutros tempos, a maioridade atingia-se aos 14 anos. Com 14 anos era-se por exemplo Rei de Portugal. Só é preciso ter o cuidado de impedir que um novo Chefe de Estado, demasiado jovem, nos possa arrastar outra vez para alguma espécie moderna de Alcácer Quibir – que, como bem se lembrarão os que estudaram um nadinha da História de Portugal, acabou nos Séculos XVI e XVII por desaguar no fim da independência nacional por uns decénios. Mais vale, parece-me, um Presidente maduro, ainda que desasado com a nomeação de um novo Executivo.