Claro que os festejos agora pedidos no Parlamento por partidos da anterior maioria governamental, PSD e CDS, cheiravam demais a esperteza ligeira. Queriam na realidade insultar o significado da data, só para ver se assim punham uma cunha na nova maioria parlamentar de esquerda. Não o conseguiram. A esquerda, nisto, revelou-se mais adulta. E, para celebração séria, já há até uma comissão civil, penso que liderada por António Barreto, com inúmeros eventos projetados.
Mas a importância do 25 de Novembro é realmente de realçar. Se não fosse essa data, não estaríamos agora a permitir que uma maioria parlamentar derrubasse a minoria parlamentar que já foi maioria de governo no Parlamento. É bom que PCP, PSD e CDS entendam isso bem – porque não estou certo de o entenderem, nas suas atuais lideranças.
