José Pedro Sottomayor representou Portugal no 2º Algarve Open, realizado no Pestana Golf Resort de Vila Sol, com o apoio da Associação de Turismo do Algarve, incluído no seu programa ‘Golf4All’.
O Algarve Open encerrou o calendário competitivo de 2015 da Associação Europeia de Golfe Adaptado (European Disabled Golf Association), presidido pelo antigo selecionador nacional, Tony Bennett, que tem ainda na sua Comissão Executiva o português Miguel Franco de Sousa.
Com handicap de 29,6 EGA, Pedro Sottomayor foi o 12º entre 13 participantes na classificação de stableford, com 34 pontos, depois de voltas de 19 e 15, tendo estado acompanhado pelo seu filho, que funcionou como caddie.
«Foi a minha segunda participação num torneio da EDGA. Para além da organização e do tempo, que estiveram perfeitos, a minha participação melhorou relativamente ao primeiro torneio, tendo fugido ao último lugar. Fiz 19 e 15 pontos net, o que continua a ser um resultado pouco simpático, mas, ainda assim, melhor que o primeiro. Insistir e treinar mais parece que é o que me resta fazer», disse ao Gabinete de Imprensa da FPG.
Nesta classificação, venceu o checo Jakub Kovarik com 63 (29+34).
No torneio principal, que trouxe ao antigo palco do Open de Portugal do European Tour a nata deste circuito internacional, o Algarve Open foi ganho pelo consagrado Manuel de Los Santos.
O dominicano de 31 anos assinou cartões de 74 e 78 pancadas, e terminou as duas voltas regulamentares empatado no primeiro lugar com o francês Mathieu Cauneau (76+76), com 152 (+8).
Manuel de Los Santos bateu o seu rival no segundo buraco de play-off e com isso garantiu igualmente a vitória na Ordem de Mérito da EDGA em 2015.
O campeão do ano passado, o francês Charles-Henri Quélin, não veio defender o título mas estiveram no Algarve quase 50 golfistas de 13 países, 30 dos quais a disputarem a categoria principal.
A grande novidade do Algarve Open deste ano foi a criação do EDGA Handi-Junior, que associou as estrelas internacionais do golfe adaptado a jovens jogadores do Algarve.
O troféu recebeu o nome de Taça Chris Stilwell, em homenagem ao recentemente falecido presidente do Clube de Golfe de Vilamoura e gestor da Oceânico Golf, uma referência do dirigismo desportivo, não só na região, mas no país em geral.
Essa competição, disputada no Oceânico Laguna, em Vilamoura, foi ganha pela holandesa Monique Kalkman, associada a Santiago Tomé, Gonçalo Teodoro e Tomás da Silva, com 79 pontos stableford net.
Monique Kalkman foi uma desportista famosa noutra modalidade, no ténis em cadeira-de-rodas, sagrando-se medalha de ouro em singulares nos Jogos Paralímpicos de Barcelona em 1992, mas há já algum tempo que se virou para o golfe adaptado, a sua «nova paixão», como ela própria refere no seu site oficial.
Tony Bennett, o presidente da EDGA, disse: «O Algarve Open tornou-se rapidamente no ponto alto do calendário da EDGA. O evento fecha a época e é muito acarinhado por todos os jogadores. Temos um tremendo apoio da Associação de Turismo do Algarve e sem essa cooperação não seria possível organizar um torneio de nível tão elevado».
Maria Manuel Delgado e Silva, da ATA, considerou que foi «um prazer e uma honra acolher o torneio final da EDGA pela segunda vez. O torneio foi um enorme sucesso e está cada vez mais forte. Embora sejam os atletas mediáticos que fazem as primeiras páginas, os atletas do desporto adaptado treinam igualmente muito e passam despercebidos. Os golfistas da EDGA são de elevado calibre e uma verdadeira inspiração».
A Federação Portuguesa de Golfe esteve representada no Algarve Open pelo diretor-técnico nacional, João Coutinho, que desempenhou as funções de árbitro, sob a supervisão do diretor de torneio Robert Moss da PGA britânica.
Artigo escrito por Hugo Ribeiro ao abrigo da parceria entre a Federação Portuguesa de Golfe com o Jornal SOL.