O juiz Francis Legodi, do Tribunal Superior de Pretória, justificou a sua decisão considerando que o governo não tinha tido em conta a sociedade civil e os envolvidos no assunto ao declarar ilegal o comércio daquele produto.
Legodi considerou ainda provável que a proibição tenha contribuído para aumentar a caça furtiva daqueles animais, cujos chifres alcançam um preço superior ao do ouro nos mercados asiáticos, devido às suas alegadas propriedades curativas e afrodisíacas.
Mais de 1.200 rinocerontes foram abatidos por caçadores furtivos o ano passado na África do Sul. O número de animais mortos por traficantes de chifres não tem de parado de aumentar desde 2008, quando foram abatidos 83 rinocerontes.
A África do Sul tem a maior população de rinocerontes do mundo, perto de 20.000 animais, e o governo já admitiu que poderá defender o levantamento da proibição mundial do comércio de chifre para satisfazer a procura e lutar assim contra a caça furtiva e o tráfico.
Lusa/SOL