O homem, de 30 anos, cuja identidade não foi divulgada, foi recrutado em 2003 e tinha já realizado o primeiro dos dois anos de serviço quando desertou, segundo a polícia.
"Ele viveu em Kamchatka, a maior parte do tempo escondido na floresta. Fez pequenos trabalhos e não tentou entrar em contacto com a família", declarou num comunicado a delegação regional do Ministério do Interior.
O desertor é originário de Taganrog, no sudoeste da Rússia. Segundo o comunicado, as tentativas de o encontrar foram suspensas depois de a sua família ter identificado o cadáver de um homem como sendo o seu alguns meses após o desaparecimento.
No bosque, o homem construiu uma pequena casa, com materiais de construção recuperados, na periferia de Petropavlovsk-Kamtchatski, a capital regional. Para sobreviver trabalhava em quintas ou recolhia sucata.
De acordo com a lei russa, os soldados culpados de deserção arriscam até sete anos de prisão, embora a presidente da organização Comité das Mães de Soldados Russos, Valentina Melnikova, duvide que aquele desertor seja condenado.
"Houve muitos casos de deserção no extremo oriental nos últimos tempos. Alguns esconderam-se durante anos em caves, mas eles fazem um exame psiquiátrico e são deixados em liberdade", disse à agência France Presse.
Lusa/SOL