"Reforçar a estabilidade do setor bancário era um objetivo chave do terceiro programa de assistência financeira à Grécia", declarou Klaus Regling, líder do MES, o fundo da zona euro criado em 2012 para apoiar financeiramente os Estados-membros que tenham problemas de financiamento.
"Bancos fortes vão poder de novo conceder crédito às empresas gregas e apoiar a recuperação económica", acrescentou.
A recapitalização dos quatro maiores bancos gregos estava prevista no empréstimo de 86 mil milhões de euros concedidos à Grécia em julho depois da enorme retirada de capital verificada desde dezembro passado e associada ao receio de chegada ao poder do partido de esquerda radical Syriza, o que viria a acontecer em janeiro, e depois a meses de divergências com os credores.
O Banco Central Europeu (BCE) indicou a 31 de outubro que os quatro bancos em causa necessitariam de 14,4 mil milhões de euros para enfrentar um eventual cenário económico negativo. Depois de diferentes operações financeiras, esse total foi revisto para 13,75 mil milhões.
O Eurobank e o Alpha Bank indicaram que conseguiram fundos no setor privado e junto dos seus acionistas e só o Banco Nacional da Grécia e o Banco do Pireu recorreram aos fundos públicos, o primeiro a 2,71 mil milhões de euros e o segundo a 2,72 mil milhões.
Lusa/SOL