“Estamos, como sempre estivemos, disponíveis para trabalhar com qualquer Governo, muito embora os primeiros sinais que nos chegaram deste Governo não tenham sido positivos”, lamentou Francisco Calheiros, durante o congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Albufeira.
A “forma como ignorou a comissão permanente da Concertação Social”, da qual a CTP faz parte, “ao querer levar a discussão de temas, como o salário mínimo, os feriados e o banco de horas para fora da esfera deste órgão constitucional, de consulta e concertação no domínio económico e social” foi um dos motivos que desagradou a Confederação.
“Também não nos parece positiva a intenção manifestada de reverter a privatização da TAP”, acrescentou o responsável, apontando contudo “dois sinais” que indiciam que “haverá uma correção de rota”. E refere o encontro entre a CTP e o ministro da Economia e respetivos secretários de Estado e a reunião agendada para a próxima semana com António Costa.
Ainda assim, no seu discurso, Francisco Calheiros elogiou a reposição do IVA na restauração já prevista pela atual maioria parlamentar.
“As linhas de diálogo estão abertas e a CTP não deixará de lutar pelas causas que interessam ao setor”, reiterou, sublinhando que “o setor do turismo tem poder e vai exercê-lo”.
A redução do IVA no golfe, mais promoção e envolvimento dos privados, menos custos de contexto, uma solução definitiva para a TAP e uma “verdadeira” reforma do Estado são outras reivindicações da CTP.