A capacidade de renovação será, certamente, uma das chaves para o sucesso: no ano passado, o Facebook expandiu-se através dos florescentes Instagram (aplicação que funciona através da partilha de imagens e que é uma das preferidas das celebridades) e o WhatsApp (que permite enviar mensagens escritas e de voz gratuitas num telemóvel com ligação à internet). Ambas tornaram-se aplicações subsidiárias do Facebook, engrossando o poderio decorrente do número de utilizadores e da quantidade de informação transacionada. O lançamento dos Instant Articles – traduzindo à letra, artigos instantâneos – é outra das novidades. A ideia é tornar, através da parceria com jornais, o Facebook numa via privilegiada para aceder rapidamente às notícia. Em Portugal, o Jornal de Notícias é, desde 22 de novembro, o primeiro jornal português a aderir à plataforma.
Assim, não será de estranhar que seja Zuckerberg o nome a encabeçar a lista das 100 personalidades mais influentes no mundo dos media elaborada anualmente pelo britânico The Guardian, o MediaGuardian 100. O ‘pai’ do Facebook já tinha sido número 1 em 2011, tendo sido ultrapassado nos últimos anos por Larry Page, CEO da Google (vencedor em 2014) e Tim Cook, da Apple (que, apesar de não ganhar, continua no pódio). A lista dos todo-poderosos pode ser britânica, mas traz uma certeza: nos media, a hegemonia vem do outro lado do Atlântico, sendo os norte-americanos ‘os mais dos mais’.
Há, por outro lado, outra especificidade que merece ser salientada: desde que o MediaGuardian100 foi criado, há 15 anos, nunca se tinha visto uma proporção tão grande de mulheres.
42.500 milhões para a Fundação Chan Zuckerberg
Na segunda-feira, Zuckerberg e a mulher, a pediatra Priscilla Chan, anunciaram – numa carta dirigida à filha recém-nascida, Maxima – que irão doar ao longo da sua vida 99% das ações da rede social à Fundação Chan Zuckerberg Iniciative, para aplicar em ações de desenvolvimento social e científico. São cerca de 42.500 milhões de euros, o montante mais alto de sempre a ser doado.
Mas falta ainda muita informação sobre esta doação e há um aspeto que está a causar dúvidas: é que a fundação não se trata de uma organização não governamental, mas sim de uma empresa de responsabilidade limitada. Ou seja, o casal Chan Zuckerberg poderá usar os fundos para “perseguir” os objetivos que lhes convier, nomeadamente “através do financiamento de organizações sem fins lucrativos, da realização de investimentos privados e do envolvimento em debates sobre políticas”. Por outro lado, o Facebook foi obrigado a esclarecer os mercados que o seu acionista pretende manter a posição maioritária na empresa e que as doações terão um ritmo anual de cerca de mil milhões de dólares.
Top 10
1. Mark Zuckerberg
Fundador e presidente do Facebook
2. Larry Page
CEO do Alphabet e cofundador da Google
3. Tim Cook
Presidente da Apple
4. George Osborne
Chanceler do Tesouro e primeiro secretário de Estado do Reino Unido
5. Rupert Murdoch
Acionista da 21 Century Fox e da News Corp
6. Tony Hall
Diretor da BBC
7. Jeff Bezos
Presidente da Amazon
8. Taylor Swift
Cantora
9. Paul Dacre e Martin Clarke
Diretores da Associated Newspapers e do Mail Online
10. Sharon White
Líder do Ofcom, regulador de comunicações do Reino Unido