Este convite, que vejo exagerado e de teor desagradavelmente stalinista (parece ser esse um fundo que abunda em vários ou todos os partidos) leva-me a pensar quem se julga dono do PSD (poderia pôr a questão em relação a outro partido, mas neste momento trato do assunto concreto). E a coisa não é de somenos, se nos lembrarmos que ainda há pouco o PSD de Passos expulsou um histórico do partido, António Capucho (que tudo indica dever no pós-passismo regressar às suas hostes, apesar de ter ido mais longe do que Pacheco, ao apoiar uma lista de um partido rival do seu).
Conheço muita gente do PSD, e até figuras bem destacadas, que tem tudo a ver com o partido original, e obviamente não professa este stalinismo desmedido. De resto, pelo que o PSD é desde o início (ação e programa), quem não me parece ter lá lugar é Duarte Marques.
Pacheco usa a sua liberdade intelectual para ir a um evento da candidatura presidencial de Marisa Matias (BE), ao mesmo tempo que prodigaliza elogios à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa (PSD). E já estou mesmo a ver o Duarte Marques a querer também expulsar Rebelo de Sousa, por nunca ter sido um yes man do passismo.
Maus tempos, dentro do PSD. Temos de esperar que passem, e acredito que vão mesmo passar.