O indivíduo mudou de sexo, mas decidiu que não queria ser adulto. Atualmente vive com uma família adotiva, como se fosse uma menina de seis anos.
“Não posso negar que fui casado. Não posso negar que tenho filho. Mas ultrapassei isso e voltei a ser uma criança. Estou a viver a minha vida como não pude quando andava na escola”, afirmou Stefonknee, num vídeo que fará parte do The Transgender Project.
Wolschtt explica que “pagou um preço muito alto” por mudar de sexo. Foi em 2007 que descobriu que era transexual, mas a sua mulher não aceitou a sua mudança de sexo e fez-lhe um ultimato: ou parava de ser transexual ou tinha de se ir embora. “Para mim ‘pára de ser trans’ não é algo que eu possa fazer. É como se me dissessem para parar de 1m90. Eu já era ‘trans’ antes de me casar, fui um pai ‘trans’ durante 23 anos”, acrescenta.
Esta rejeição levou a que se tentasse suicidar. Em 2009, esteve internada num hospital durante um mês devido a tendências suicidas e, pouco tempo depois de ter tido alta, a mulher acusou-o de assédio. A tentativa de suicídio foi em 2012, no dia do casamento da filha mais velha, após esta lhe ter pedido para “se vestir como seu pai”, sentar-se no fundo da igreja e não dirigir palavra aos outros familiares.
“Há dias em que eu nem me lembro do passado. É interessante porque é uma novidade e estou a ser aceite como nunca”, afirma.
Atualmente vive com uma família, que aceita o facto de estar a viver como uma menina de seis anos. Aliás, Stefonknee brinca com a neta mais nova dos pais adotivos, que sempre sonhou ter uma irmã mais nova.