INE com dinheiro e sem pessoal

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) está a nadar em dinheiro, mas com pouco pessoal (saídas por reformas e rescisões), que legalmente não pode contratar.

Solução: anuncia parar com as estatísticas, que tão úteis nos têm sido, apesar de nem sempre bem aceites pelo Governo do momento (o anterior não gostou de algumas, e chegou a despedir responsáveis). Será que nos vamos ficar apenas pelas que nos dá a Pordata, da Fundação Soares dos Santos (Pingo Doce), em boa hora fundada ainda por António Barreto? Ou as coisas mudarão com o novo Executivo socialista? Afinal os privados, mesmo de uma fundação sem fins lucrativos, não poderiam em princípio fazer o que o Estado está obrigado a fazer com os nossos impostos (que não queremos de maneira nenhuma dedicar apenas a mordomias e serviço de dívidas excessivas feitas por outros).

Entretanto, os inquéritos políticos mais mediáticos, ao contrário do que sucede noutros países (como logo aqui ao lado, em Espanha, com as sondagens políticas do órgão público CIS), continuam a ser feitos por empresas privadas, e a saírem nos órgãos de comunicação, dando-nos por exemplo a ideia de que Marcelo Rebelo de Sousa vai limpar as presidenciais folgadamente, como ninguém antes, e portanto logo à 1ª volta.