O antigo apresentador de televisão regressa à cadeia no sábado, onde partilha uma camarata com quatro reclusos. Carlos Cruz diz que fala com todos os prisioneiros, menos com Carlos Silvino que está noutro piso".
Carlos Cruz disse ainda que irá falar ainda hoje com o seu advogado, Ricardo Sá Fernandes, sobre a queixa que apresentou no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e que este tribunal decidiu aceitar.
"Se a queixa for procedente, como Carlos Cruz confia que será, isso poderá justificar um pedido de revisão da sentença, a partir da qual se espera que, finalmente, chegue a hora da verdade e a declaração da completa inocência de Carlos Cruz, que vive há 12 anos, o opróbio de ter sido acusado, julgado, condenado e preso por factos que não cometeu, relativamente a pessoas que não conhecia e em locais ainda nunca foi", refere um comunicado do advogado do antigo apresentador.
Em causa estão três pontos: o facto de, durante o julgamento, a defesa não poder confrontar as alegadas vítimas com as declarações por elas prestadas no inquérito; a impossibilidade de as interrogar diretamente; a insuficiência do prazo e demais facilidades concedidas à defesa aquando das alterações determinadas pelo tribunal de julgamento aos factos constantes da pronúncia de 2004; e a impossibilidade de inquirir, no Tribunal da Relação, Carlos Silvino e alguns dos assistentes ou testemunhas, depois de terem surgido novas provas.