A decisão foi tomada no Conselho Europeu do final da semana passada e entrou vigor na tarde de segunda-feira: as sanções da União Europeia à Rússia foram prolongadas por mais seis meses, tendo efeito até ao final de julho.
Será mais meio ano adicional de bloqueio a bancos e ao setor financeiro, a empresas e a equipamento russos ligados à energia e à defesa. Várias empresas estatais são afetadas.
No fim de semana houve alguma incerteza sobre a concretização do prolongamento das sanções. Diplomatas citados pelo Wall Street Journal referiram os desenvolvimentos políticos na Ucrânia, o receio de alguns governos europeus quanto à efetividade das sanções e o severo impacto que têm tido na economia do país ou a necessidade de ajuda do Kremlin para encontrar uma solução para a Síria como eventuais tampões ao prolongamento do bloqueio. A que se soma o traçado de uma nova conduta de gás prevista pela Rússia e que divide vários países da União.
Mas a coesão dentro da UE acabou por não quebrar e não houve objeções à medida.
As sanções tiveram início a 31 de julho de 2014 e deveriam ter durado um ano, punindo o Kremlin pela sua intervenção militar na Ucrânia – onde os conflitos diminuíram, mas ainda não cessaram. A resposta russa foi um embargo a produtos agrícolas e outros bens alimentares, bem como matérias primas europeias. Alegando falta de ação, o Conselho Europeu prorrogou o embargo por mais seis meses, ate dezembro de 2015, e agora mais outros seis.
A União Europeia exige a Moscovo o respeito total pelo Acordo de Minsk, conhecido por Minsk II, assinado em fevereiro entre a Rússia, Ucrânia, França e Alemanha.
SOL