Os radares foram instalados no âmbito do Objetivo Operacional 7 da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, onde se previa a instalação do SINCRO até ao final deste ano.
Com 30 equipamentos fixos e móveis em funcionamento em 50 locais diferentes da cidade de Lisboa – até agora, o modelo ficou circunscrito à capital -, o plano, a cargo da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, passa por estender o programa de controlo de velocidade a outros pontos do país.
O custo dos primeiros 30 equipamentos foi de quatro milhões de euros. Essa foi uma das razões apontadas para o atraso na implementação do sistema.
Há cinco anos, a sinistralidade rodoviária era apontada como um dos fatores decisivos para avançar com a instalação de radares. Em Portugal, em 2012, registaram-se 14 atropelamentos por dia. No final do ano, os 5245 acidentes deste tipo registados pelas autoridades resultaram em 107 mortes.
Dados que colocavam o país na cauda da Europa no que à prevenção rodoviária dizia respeito. Pior que a média portuguesa de 11,8 mortos por cada 100 mil habitantes, só mesmo a Grécia (com uma média de 12,2), no conjunto de 15 países da Europa Ocidental.
Esses números mostravam uma melhoria face à década de 1990. Mas, de há três anos a esta parte, o trabalho desenvolvido sofreu alguns retrocessos.
Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária divulgados este ano, em 2013 foram registados 4599 atropelamentos (Lisboa somava 12% de todos os casos).