A especialista em controlo de energia e técnicas para dormir do hospital de Nightingale, em Londres, Nerina Ramlakhan, explicou à BBC que o tipo de pessoas que passam a maior parte do tempo à frente de aparelhos tecnológicos “vive em modo de sobrevivência.”
O que acontece é que o sistema nervoso simpático está a funcionar em ritmo forçado e, por isso, é normal sentir cansaço, tendo em conta que o corpo está a trabalhar à base de adrenalina, noradrelanina e cortisol”. A especialista esclarece ainda que existem pontos em comum entre os viciados em tecnologia: perfecionismo, competitividade, agressividade e tendência a ter tudo sob seu controlo.
“Para pessoas com estes traços, é muito difícil relaxar”, acrescenta, e, por isso, o simples ato de atualizar as notificações no telemóvel crie uma sensação de gratificação. Em conclusão, alguém viciado em tecnologia é, na verdade, viciado em dopamina, um neurotransmissor responsável pela adrenalina e um estimulante do sistema nervoso.