Jogos Olímpicos. 12 portugueses em busca da medalha
O Brasil não parece o cenário perfeito para receber um evento tão grande como é o dos Jogos Olímpicos de 2016, em Agosto mas a competição vai mesmo seguir em frente. Em 10,5 mil atletas que vão competir, há doze portugueses – mais a seleção sub-21 de futebol – com grandes expectativas em chegar ao pódio.
Nélson Évora, campeão do triplo salto, é das maiores esperanças do atletismo português. Este ano, depois de muitas lesões, incluindo a que o colocou fora dos últimos Jogos em Londres, sagrou-se campeão da Europa de pista coberta e arrecadou o bronze nos Mundiais do atletismo.
A Évora junta-se o quarteto que tem dado cartas lá fora na canoagem: Fernando Pimenta, Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes. A este grupo junta-se Hélder Silva e Teresa Portela, mais uma dupla na canoa e no caiaque. Os dois primeiros garantiram a única conquista portuguesa em Londres, medalha de prata em K2 1000. Rui Bragança, um dos melhores do mundo no taekwondo – 3.º no ranking olímpico de -58 kg – e medalha de ouro nos Jogos Europeus de 2015, é mais uma das esperanças. Rui Costa, líder do pelotão no ciclismo, Telma Monteiro e Jorge Fonseca, nomes seguros do judo – mas que ainda não confirmaram a sua presença – e João Costa são mais alguns numa lista onde Portugal deposita a sua confiança.
Fica a faltar a seleção nacional masculino de sub-21, vice-campeã da Europa. É fazer figas e esperar que a medalha venha para casa.
Euro-2016. Finalmente Portugal?
Desde 1996 que a seleção nacional carimba viagem para os europeus de futebol (esta é a sétima vez). Com a saída de Paulo Bento do comando técnico e a entrada de Fernando Santos, Portugal passou a jogar de forma pragmática, com pouco brilhantismo, mas segurando as vitórias necessárias, cinco delas pela margem mínima, para passar em primeiro lugar. Num misto de nova geração com caras mais conhecidas – Ricardo Carvalho ou Quaresma regressaram às escolhas – a verdade é que Fernando Santos leva 15 triunfos em qualificações (Grécia 2012, Portugal 2016).
E não havendo Messi, há o capitão Cristiano Ronaldo que ainda não levantou este caneco e quer brilhar, mais uma vez, com mais dez companheiros atrás. Frente a um grupo muito acessível – Áustria, Hungria e Islândia – esta seleção não pode perder a oportunidade de vingar um dos seus maiores pesadelos: a final do Euro 2004. Vamos a isto.
Eleições. Guerra dos tronos na FIFA: os candidatos
Subornos que ascendem a quase 100 milhões de euros, branqueamento de capitais, gestão ruinosa, fraude, lavagem de dinheiro, fugas fiscais e irregularidades na atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022. A lista de crimes do FIFAgate é extensa e a herança de substituir Joseph Blatter, agarrado ao poder há 17 anos, é pesada.
O futuro do organismo que rege ao futebol mundial está em jogo. Nada que preocupe os cinco candidatos que dia 26 de fevereiro vão a votos.
Gianni Infantino
Manchester City ou Paris Saint-Germain torcem o nariz cada vez que ouvem falar do nome do homem que deu a cara pela criação do Fair Play Financeiro – aquela regra (chata) que obriga os clubes a controlarem as suas despesas em função das receitas.
Advogado de formação, o secretário-geral da UEFA desde 2009 perfila-se como o sucessor natural da candidatura de Platini, barrada pelo Comité de Ética. Tem o apoio da Federação Portuguesa de Futebol, reúne consenso na Europa e na América do Sul.
Tokyo Sexwale
Tem 62 anos, é sul-africano e um antigo ativista que dedicou grande parte da vida a lutar contra o Apartheid – esteve preso mais de 10 anos, na companhia de Nelson Mandela em Robben Island. Hoje é empresário, político e… milionário (tem uma fortuna estimada em mais de 180 milhões de euros).
E pode não ficar por aqui: caso seja eleito, torna-se no primeiro presidente da FIFA africano. O que seria inédito em 111 anos de história do organismo.
Jérôme Champagne
Depois de exercer funções na pasta da diplomacia (1983-98), vestiu durante 11 anos (1999-2010) o fato de secretário-geral da FIFA, em pleno reinado de Blatter. Considerado um reformista no mundo de futebol, o diplomata francês, com ligações à Ásia e África, chegou a escrever uma carta às 209 federações do organismo que rege o futebol mundial, onde dizia que era tempo de «salvar a FIFA».
Ali bin al-Hussein
Já não é novo nestas andanças, até porque já desempenhou funções de vice-presidente da FIFA para a Confederação Asiática. Em maio, foi o único que se atreveu a fazer sombra a Blatter. Perdeu a primeira volta do ato eleitoral e acabou por desistir.
Agora, o terceiro filho do rei Hussein da Jordânia, com 39 anos, volta a apresentar uma candidatura. E deixa o aviso: «quero terminar o que comecei».
Salman bin Ebrahim Al Khalifa
Pertence à família real do Bahrein e aos 50 anos lidera a Confederação Asiática de Futebol – a segunda maior – desde 2013. Em maio, apoiou a candidatura de Blatter, que já o tinha apoiado antes na corrida à presidência da Confederação. Tem o apoio unânime da Ásia.