Um estudo, publicado na revista científica PLOS ONE, diz que 3.7 mil milhões de pessoas com menos de 50 anos são portadoras de vírus HSV-1, que é transmitido principalmente através do contacto com a boca e se manifesta através de feridas nos lábios.
Mas a OMS sublinha que o vírus também é também uma "importante fonte" de herpes genital, neste caso após a transmissão através de sexo oral.
Apesar de referir que cada vez menos crianças são infetadas com o HSV-1 nos países desenvolvidos, “graças a melhores condições de higiene e de condições de vida”, explica que as pessoas destes países estão agora em risco de contrair o vírus genitalmente depois de se tornarem sexualmente ativas.
“É fundamental dar acesso a informação sobre os vários tipos de herpes e sobre as infeções sexualmente transmitidas para proteger a saúde dos jovens antes destes se tornarem sexualmente ativos”, considera Marleen Temmerman, diretora do Departamento de pesquisa e Saúde Reprodutiva da OMS.
A OMS revela também quais os continentes onde existem mais casos de herpes em relação à população total (dados recolhidos em 2012 entre a população com idades compreendidas entre os 0 e os 49 anos):
América do Norte e do Sul: 178 milhões de mulheres (49%) e 142 milhões de homens (39%);
África: 350 milhões de mulheres (87%) e 355 milhões de homens (87%);
Zona do Mediterrâneo: 188 milhões de mulheres (75%) e 202 milhões de homens (75%);
Europa: 207 milhões de mulheres (69%) e 187 milhões de homens (61%);
Sudeste Asiático: 432 milhões de mulheres (59%) e 458 milhões de homens (58%);
Zona Oeste do Pacífico: 488 milhões de mulheres (74%) e 521 milhões de homens (73%).
De momento não existe cura para o HSV-1, mas a OMS explica que está a trabalhar com parceiros para acelerar uma vacina e microbicidas para aplicação tópica, que “terão um papel crucial na prevenção destas infeções no futuro”.
Nenhum tipo de herpes é fatal (exceto em raras circunstâncias), mas pode ter um grande impacto na saúde mental, nas relações e no organismo do indivíduo.