E não o digo apenas por me lembrar dos exames que havia no meu tempo, com todos os calores e nervosismos (não me parece que tenhamos ficado demasiado traumatizados, apesar de algumas figuras que se vêem por aí vindas desses tempos), mas por constatar que eles foram importantes para os meus 6 filhos mais novos. Tendo eu vivido 14 anos em Madrid, estes 6 filhos vinham formatados com o ensino oficial de lá, muito mais exigente do que cá. Tanto mais que se fizeram logo excelentes alunos no ensino português, um tanto enfastiados pelo pouco que por cá lhes exigiam nas escolas.
Bem sei que de 2 filhas mais velhas, e que sempre frequentaram o ensino português, uma era excelentíssima aluna, e a outra só regular. Portanto a coisa também funcionou por cá, pelo menos a 50%.
Vem isto tudo a propósito do novo modelo de avaliação dos alunos do ensino básico anunciado ontem pelo ministro da Educação, que só prevê exames nacionais no 9º ano, embora fale em provas de aferição nos 2º, 5º e 8º. Acabam os exames de português e matemática no 6º, e já tinham acabado os do 4º
Não tenho certezas do que é melhor ou pior. Parece-me só deplorável a constante mudança (imagine-se: vamos na 15º alteração substancial em 16 anos). Mas Crato, e a sua arrogância ex-maoísta-Nova Direita (agarrada ao estilo do anterior Governo) ficou enterrada.
Entretanto, que confiança me podem merecer uns professores que não querem eles próprios sujeitarem-se a avaliações? Serão eles a avaliar os alunos? Deus nos livre e guarde, a nós e aos alunos, de tal gente. E ilumine os que decidem…