No entanto, ainda ontem, no DN, o artigo de Wolfgang Munchan, editor do Financial Times, recordava que «O controlo de capitais era comum no nosso passado pré Thatcher», e concluía ser «muito provável que volte».
O articulista ligava as crises económicas que se têm sucedido, e a fragilidade das economias mais fracas perante ela, a esse fim de controlo dos capitais. E considerava insuficiente a defesa de alguns banqueiros centrais, que aparentemente querem apenas mudaralguma coisa para que tudo fique mais ou menos igual, de se adotar apenas «um conceito conhecido como a supervisão macroprudencial, uma versão suave do controlo de capitais».
Parece portanto ser altura de nos pormos de sobreaviso contra este conceito, que certamente vai ser apresentado como uma enorme cedência e última dos grandes banqueiros e Estados. E manifestarmos surpresa por tardar uma medida obviamente imprescindível, que é a dos Bancos de depósitos serem impedidos de especular com o nosso dinheiro, como também acontecia antigamente – mas deve acontecer agora por maioria de razão, quando todos os costumes nos obrigam a ter conta bancária.