Eu pensaria que os testes servem precisamente para testar os medicamentos, e ver se eles são ou não seguros para a generalidade dos doentes. Mas pelo que vejo nos jornais, não é assim: as farmacêuticas portuguesas devem partir para os testes, como se não precisassem deles. Já as outras, de países diferentes, como temos visto nos filmes, podem dar-se ao luxo de mandar medicamentos para o mercado a fazer mal aos doentes finais, mesmo em ser em testes, que os nossos jornais não se preocupam tanto.
Os nossos jornais querem para a Bial testes de medicamentos sem riscos, como se não fossem testes. Independentemente de ostestados serem voluntários que se prontificaram a serem realmente testados, e conscientes dos riscos – e não doentes desprecavidos.
Parece que acho bem porem-se em causa vidas, mesmo voluntárias? Então esclareço que não acho. Prefiro que os remédios, quando chegam a testes humanos, vão já com uma segurança muito grande, para não se ceifarem assim vidas. E parece haver regulamentação a apontar para lá, com que evidentemente concordo. Mas prefiro os testes, e o seu risco assumido, à entrada no mercado sem eles. E a Bial, para mim, não passou agora de ‘bestial’ e ‘besta’.