Os preços dos combustíveis regressam hoje às descidas. A desvalorização do petróleo tem vindo a intensificar-se nas últimas semanas, mas essa redução não estava ainda a refletir-se nos preços aos consumidores – que nalguns produtos estavam até mais caros do que no início do ano.
O desfasamento temporal entre a cotação dos produtos refinados nos mercados internacionais e os valores nas bombas de deve agora ser ultrapassado.
As descidas podem atingir até 3,5 cêntimos no gasóleo e até 4,5 cêntimos na gasolina. Nas marcas brancas deverá haver uma redução generalizada de cerca de três cêntimos.
Segundo os dados da Direção-Geral da Geologia, o preço do gasóleo simples estava este fim de semana em 1,022 euros por litro. Já a gasolina simples 95 estava a 1,307 euros por litro.
Com a redução da cotação do preço do petróleo, os preços podem atingir mínimos históricos nas próximas semanas.
Na sexta-feira, o crude negociou abaixo dos 30 dólares, o valor mais baixo desde 2003. Os receios do abrandamento económico na China, aliados a uma produção mundial que continua a estar acima do nível de consumo, foram os fatores por detrás da desvalorização contínua.
Com o levantamento das sanções ao Irão (ler mais na página 12), é previsível que as descidas do crude se acentuem. O país é um dos maiores exportadores mundiais desta matéria-prima, mas as sanções fizeram com que o país reduzisse a produção para cerca de um terço – de três milhões de barris por dia para um milhão. Segundo a Bloomberg, as autoridades iranianas tem como objetivo imediato um aumento da produção em 500 mil barris.
Com um mercado com mais oferta do que procura – o abrandamento da China, o maior consumidores de produtos petrolíferos do mundo – está a acentuar as quedas dos preços do crude.
A preocupação de que o Irão possa aumentar ainda mais o excesso de oferta, os mínimos históricos de 12 anos atingidos na sexta-feira podem ser batidos, dizem os analistas.