Adiada progressão de mais de dois mil agentes da PSP

Mais de 2 mil polícias que deviam progredir na carreira com o novo estatuto viram esta decisão adiada por nota informativa da direção nacional da PSP, situação que está a ser contestada pelos sindicatos, que ameaçam recorrer à justiça. 

Segundo o estatuto profissional da PSP, que entrou em vigor a 1 de dezembro de 2015, os subcomissários e agentes há mais de um ano na fase experimental transitam automaticamente para a segunda posição remuneratória da carreira e categoria em que se encontram. Numa nota informativa, divulgada através do portal social a 15 de janeiro, a direção nacional da PSP comunicou que os subcomissários e agentes nestas condições seriam colocados na segunda posição remuneratória em fevereiro.

No entanto, uma nova nota informativa, emitida no dia seguinte, veio substituir “quaisquer outras que tenham sido difundidas” sobre o processamento de salários e não faz qualquer referência à progressão na carreira destes subcomissários e agentes.

O presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP), Henrique Figueiredo, disse ontem que o portal social da PSP divulgou duas mensagens diferentes sobre o mesmo assunto, o que causou alguma agitação, uma vez que, com a entrada em vigor do novo estatuto, os subcomissários e agentes deviam ser automaticamente reposicionados.

Henrique Figueiredo adiantou que o atual estatuto introduziu esta novidade para os subcomissários e agentes, que esperavam que tal acontecesse a 1 de dezembro do ano passado. O presidente do SNOP afirmou que o sindicato já pediu esclarecimentos à direção nacional da PSP, que alegou estar a tentar encontrar uma solução legal no âmbito do quadro vigente. Henrique Figueiredo admitiu avançar para a justiça caso não se encontre uma solução.