Segundo li numa entrevista ao DN do secretário-geral da organização Mãos Limpas, Miguel Bernad, os órgãos do Estado espanhol, nomeadamente os que se deviam de encarregar da acusação, estão a querer isentar de julgamento a Infante Cistina, e deixar apenas o seu marido Iñaki Urdangarin, a responder no processo conhecido como Nóos (no qual este genro real é acusado por ter querido imitar o seu real sogro nas negociatas privadas que não eram aceites aos outros cidadãos, mas ao ex-Rei sim: recordem-se só alguns como o Banesto, KIO, presentes inconcebíveis noutro país europeu ou amizades que queimam como a de Colón y Carvajal). E não me custa acreditar na veracidade do que diz Bernad, pelo que leio na imprensa espanhola.
Sim, eu sei que há repúblicas pouco recomendáveis. O problema é que esta Monarquia se supunha recomendável, e europeia. E os espanhóis tinham fama de ser mais juancarlistas que monárquicos, dada a empatia popular de Juan Carlos I. Afinal, toda a Família de Juan Carlos goza de uns estranhos privilégios, com a cumplicidade da generalidade da imprensa do País (o único grande jornal de Madrid que se destaca neste ponto é El Mundo).